Atividade 1
Faça a atividade no caderno, as respostas serão corrigidas na volta das aulas presenciais
Leia a reportagem abaixo e responda as questões.
TRABALHO INFANTIL COMPROMETE 5,4 MILHÕES DE CRIANÇAS
E JOVENS
ase
a metade nem é remunerada pelas atividades que exerce
SABRINA
PETRY
O trabalho
infantil, um dos mais graves problemas sociais do Brasil, diminuiu na última
década, mas ainda compromete o desenvolvimento de 12,7% (em 2001) das pessoas
na faixa etária entre 5 e 17 anos. Em 1992, eles eram 19,6%. Em termos
populacionais, significa que 5,4 milhões de garotos e garotas exercem algum
tipo de atividade produtiva, remunerada ou não.
Para quem não
sabe, a lei brasileira não permite o trabalho para menores de 14 anos e só
admite que as pessoas de 14 a 16 anos sejam empregadas como aprendizes.
Mas a realidade
contradiz a regra. Do contingente de menores ocupados, quase um terço (1,83
milhão) trabalha o mesmo tento que gente grande, cumprindo jornada integral, de
40 horas ou mais por semana.
O levantamento
do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) confirma aquilo que
todo mundo sabe: a maioria dos trabalhadores (45,2%) exerce atividades
domésticas e o setor agrícola é a que mais absorve a mão de obra infantil:
43,4%.
Em um dado
bastante assustador: 41,2% não recebem nenhum salário pelo que fazem.
Quando se trata de crianças na faixa de 5 a 9 anos, chega a 92% o volume
daquelas que trabalham sem receber nenhuma remuneração.
Mesmo as que
recebem salários tem de se contentar com pouco: 41,5% ganham até meio salário
mínimo, e 35,5% de meio a um salário, aponta o estudo.
Para a
secretária executiva do Fórum Nacional de Preservação e Erradicação do trabalho
Infantil, Isa Oliveira, “as altas taxas de trabalho não- remunerado são uma
evidência de que essas crianças trabalham junto com a família, que é o que
prevalece no país”.
Ela alerta, porém que “a criança
também pode estar sendo explorada, junto com o resto da família,trabalhando na lavoura
de cana ou em carvoarias. Se for num centro urbano, esse trabalho pode ser num
lixão, em que as condições são as piores possíveis”.
Além da
injustiça social de exploração dessa mão- de- obra, agravada pela ausência de
remuneração, o trabalho infantil traz uma conseqüência funesta: o afastamento
da escola.
Os dados
apontam que, entre crianças e adolescentes que trabalha, 80,3% frequentam a
escola, enquanto essa taxa chega a 91,1 quando se trata daqueles que são
obrigados a trabalhar.
(Folha de S. Paulo, 21/4/2003. Folhateen.)
O texto informa e comenta os resultados
de uma pesquisa sobre o trabalho infantil em nosso país. No 1º parágrafo, além
de informar, a jornalista também emite uma opinião sobre a pesquisa. Essa
opinião consiste na ideia principal do texto, que é desenvolvida pelos
parágrafos seguintes. De acordo com o primeiro parágrafo:
1- O trabalho infantil em nosso país aumentou ou diminuiu?
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2- Qual é o ponto de vista expresso pela jornalista, que
constitui a ideia principal do texto?
_______________________________________________________________
3-
O parágrafo pode ser
constituído de diferentes formas. Uma delas, a mais comum, é a declaração
inicial. Esse tipo de parágrafo é introduzido por meio de uma afirmação,
desenvolvida por ideias secundárias. Qual é a declaração inicial que abre o 1º
parágrafo?
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4-
Observe no 3º parágrafo:
que elementos são postos em comparação?
_____________________________________________________________
5-
De acordo com esse
parágrafo, que consequências o trabalho infantil produz?
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6-
No texto lido há a citação do pensamento de um especialista.
Em qual parágrafo isso ocorre?
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7-
Que outro tipo de
citação existe no texto? Identifique-a. (1,0)
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8-
A
lei de proteção à criança e ao adolescente permite que o menor de 16 e maior de
14 anos trabalhe, desde que seja na condição de aprendiz, isto é, durante certo
tempo o adolescente aprenderia determinada profissão e trabalharia um número
reduzido de horas, a fim de continuar os estudos. Contudo, o que se verifica na
realidade é que muitos adolescentes, para garantirem o emprego, deixam de
estudar e chegam a trabalhar 40 horas por semana, como os adultos. Na sua
opinião, a lei que regula o trabalho do menor aprendiz, deve ser mantida?
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